Escrito por:

Beatriz Stanis

Um Fundo de Ação pode ser uma opção muito interessante para quem deseja se aventurar no mercado financeiro e obter uma rentabilidade mais atrativa do que aplicações em Renda Fixa.

Por definição, um Fundo de Ação deve aplicar no mínimo dois terços de seu patrimônio em ações, o que resulta em um total de 67% do capital acumulado dos cotistas.

Os Fundos de Investimento funcionam de maneira semelhante. Um grupo de investidores reúne uma quantia que será aplicada em ativos financeiras e administrada por uma equipe responsável e qualificada.

No caso de um Fundo de Ação, um montante considerável do capital dos cotistas será aplicado em Renda Variável, incluindo ações, BDRs, cotas de Fundos de Índice ou de outros Fundos de Ações, por exemplo.

Os rendimentos do fundo serão distribuídos entre os cotistas de acordo com a participação acionária de cada um deles, menos os descontos com taxa de administração, taxa de performance e cobrança de impostos.

Por estar atrelado à variação do mercado acionário, as cotas de um Fundo de Ações têm alta volatilidade. Portanto, é recomendado apenas para investidores compatíveis com tal perfil.

Além disso, como o mercado acionário é extremamente vasto, o investidor pode escolher entre várias categorias, dependendo da estratégia individual de investimentos. Segundo a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), há as seguintes tipologias para um Fundo de Ações:

  • Fundos de dividendos: trata-se de uma carteira voltada ao recebimento de proventos pagos por empresas que possuem um histórico consistente de distribuição de dividendos, especialmente companhias elétricas e do setor de serviços públicos;
  • Fundos de Small Caps: apenas empresas em crescimento podem entrar em uma carteira de Small Caps, mais especificamente 85% da alocação da carteira deve estar em empresas de baixa capitalização de mercado. Podem apresentar alta valorização em um curto período de tempo, mas, ao mesmo tempo, apresentam maior risco e volatilidade;
  • Fundos de Índices: procuram reproduzir o desempenho de determinado índice de mercado (gestão passiva) ou superá-lo (gestão ativa);
  • Fundos Setoriais: nessa categoria, o Fundo de Ações apresenta, em seu estatuto, qual é o setor da economia que deseja explorar, como varejo, industrial, financeiro e muitos outros;
  • Investimento no Exterior: se o Fundo de Ações aplicar mais de 40% de seu patrimônio em empresas estrangeiras, ele é considerado como investimento no exterior e devem ser inscritos com essa nomenclatura em plataformas de distribuição de ativos financeiros;
  • Fundos Específicos: quando o fundo tem um objetivo muito delimitado, ele se encontra nessa categoria, como o Fundo FMP-FGTS, o qual permite investimentos provenientes do FGTS em empresas estatais, e os Fundos Mono-ação, aqueles que investem em apenas uma empresa.
  • Fundos Livres: se afastam da definição anterior, visto que podem alocar capital em qualquer ativo, mas a escolha precisa ser explicada no estatuto do fundo.

Diante de tanta variedade de opções, os Fundos de Ações costumam atrair investidores de perfil conservador e iniciantes, que podem conseguir rentabilidades atrativas com gestão especializada. A simplicidade vem também no momento de Declaração do Imposto de Renda, já que a cobrança de impostos acontece apenas no resgate.

Por outro lado, os Fundos de Ações afastam investidores experientes, já que não há liberdade no momento de composição da carteira. Ainda, muitos Fundos de Ações apresentam uma aplicação mínima, o que pode afastar investidores pequenos, já que é possível negociar uma ação única por um valor menor no mercado fracionário.

Por fim, um Fundo de Ações pode ser uma maneira para conhecer o mercado financeiro aos investidores iniciantes, os quais contarão com a assessoria necessária para reduzir os riscos de mercado.

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